sexta-feira, 19 de julho de 2019
quarta-feira, 17 de julho de 2019
terça-feira, 7 de maio de 2019
Princípe Maximiliano e o povoado de Carapebuçu
Maximiliano, príncipe de Wied-Neuwied, autor da Viagem ao Brasil – livro
que é, “sem contestação possível, um dos mais preciosos e encantadores”–
visitou o Espírito Santo em 1816. Ao lado dos apontamentos de ordem
essencialmente científica, sua obra contém as mais variadas informações sobre a
terra e a gente da região que percorreu. De cada lugarejo ou fazenda registrou
deficiências e manifestações de progresso, sem esquecer a vida comercial, a
psicologia do povo, a beleza da paisagem, o conforto ou miséria das casas.
Em
Muribeca, encontrou trezentos escravos negros, dos quais uns cinquenta
aproveitáveis para o trabalho, que era bastante árduo e, quase todo, dedicado à
derrubada das matas. Verificou, outrossim, haver ali cultura de mandioca,
milho, algodão e um pouco de café. Surpreendeu-se, em Piúma, com uma ponte de
madeira – “verdadeira raridade nessas paragens”. Vitória pareceu-lhe, embora
“um tanto morta”, “lugar limpo e bonito, com bons edifícios construídos no velho
estilo português”. Alarmou-se com a insegurança dos habitantes das margens do
rio Doce, onde todos levavam consigo as espingardas quando iam às plantações, escandalizando-se,
também, em Linhares, cujos moradores não podiam viajar sem licença prévia, nem
lhes era permitido consumir mais de uma garrafa de aguardente, por família, em
três meses.
Na página 149 Maximiliano narra que: “Deixando Praia
Mole, chegamos cedo, na manhã seguinte, ao povoado de Carapebuçu. Dêsse lugar
em diante, ao longo do litoral, se estendiam florestas, orlando as enseadas e
cobrindo as pontas de terra.” (...). “Nos cerrados que margeiam a costa,
habitam famílias pobres e esparsas, que vivem da pesaca e da colheita de suas
plantações.” (...). Continuando para o norte, alcançamos um trcho onde morava
não crioulos ou mulats, mas índios civilizados. As habitações se espalhavam por
uma sombria floresta de árvores gigantes”.
segunda-feira, 8 de abril de 2019
domingo, 28 de outubro de 2018
domingo, 20 de maio de 2018
Praias e lagoas
A
Praia de Carepebus é privilegiada. É a praia mais próxima de Vitória e possui
uma colônia de pescadores. Tem extensão de 1,5 km de areia grossa, formação
arenítica e de corais ao sul. Também possui águas propícias de surfe e pesca.
Com ondas de até dois metros, é o ponto de encontro de pescadores, surfistas e
banhistas em geral. De alguns anos pra cá, a urbanização invadiu o bairro.
Felizmente, tanto a praia como a vegetação e a prática de pesca continuam como
quando o bairro foi implantado. Ainda existem nativos do bairro e é possível
encontrar com pessoas que depois que conheceram Carapebus decidiram trocar de
moradia para aderir ao estilo de vida local e conviver nessa comunidade
tranquila e com a natureza local.
Praia
de Carapebus possui duas lagoas. Infelizmente hoje não são tão propícias a
banhos como antigamente, por conta da poluição. Mas as duas têm como
características uma beleza inigualável. A lagoa de maior porte é a Grande ou da
Barra do Rio de Carapebus, segundo Carta Náutica da Capitania dos Portos de
Vitória. Fica bem próxima a divisa da Praia de Carapebus com a Praia da Mutuca,
que hoje é o Balneário de Carapebus. Já a menor têm o nome de Lagoa do Baú e
fica próxima a Vila dos Pescadores. O que separa as lagoas da praia é uma faixa
de areia, responsável por um visual invejável. Isso atrai muitas famílias que
querem curtir o visual, se banhar nas águas mornas ou enfrentar a força das
ondas da praia agreste.
Praia de Carapebus
Praia de Carapebus em 1º plano e em 2º plano Ponta de Tubarão. Data não identificada. |
* A data exata de criação do
bairro Praia de Carapebus não existe, já que tribos de índios habitavam a
região no passado. O nome de origem significa peixe grande.
* No vocabulário indígena a
palavra correta é Carapebauçu (Carapeba = peixe e uçu = grande). De tão antigo,
o bairro foi citado em um documento feito pela coroa portuguesa em 1817.
* Nos anos 1960, militares de
Minas Gerais construíram no local 100 casas para temporada.
Clube dos Oficiais da Polícia de Minas Gerais, Praia de Carapebus, Data não identificada. |
* Moradores antigos contam
que, antes das chegadas dos tenentes e coronéis, havia um cassino e somente 30
famílias de pescadores vivendo no bairro Praia de Carapebus.
*Herdeiros dos militares
continuam voltando ao balneário na temporada de férias. Hoje, Praia de
Carapebus possui centenas de moradores que não se contentaram só com as férias
de verão e ficaram de vez no local.
Projeto de loteamento Praia de Carapebus
Projeto de loteamento do
terreno de propriedade da prefeitura municipal da serra em Carapebus município
da Serra E. Santo. 1954. Escala 1:1000. Acervo Geral do Município da Serra.
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